19/08/2022 - 16:45
Nessa terça-feira (16) começou oficialmente a campanha eleitoral, com os candidatos realizando ações na TV e internet, fazendo comícios e, claro, promovendo a famosa e desnecessária distribuição de ‘santinhos’, entre outras atividades. Ao todo, ela durará 47 dias.
O período até as eleições será importante para alinharmos melhor as expectativas para os próximos anos do Brasil, seja lá quem assuma a presidência em 2023. A partir de agora, Lula terá a maior fatia do tempo de TV, com 3 minutos e 22 segundos, em blocos que vão durar de 12 minutos e 30 segundos. Bolsonaro terá 2 minutos e 35 segundos. Lula também terá entre sete a oito aparições diárias, enquanto Bolsonaro terá apenas de cinco a seis.
No total temos 12 chapas presidenciais, principalmente: Lula do PT (com Alckmin, do PSB); Bolsonaro do PL (com Braga Netto, do PL); Ciro Gomes, do PDT (com Ana Paula Matos, do PDT); Simone Tebet, do MDB (com Mara Gabrilli, do PSDB) e Soraya Thronicke, do União Brasil (com Marcos Cintra, do União Brasil). Se o pleito fosse hoje, apenas os dois primeiros teriam chance de passar ao segundo turno – se houver segundo turno, uma vez que Lula aparece com mais de 50% dos votos válidos em algumas pesquisas de intenção de voto.
Como aconteceu nos EUA, em 2020, o eleitorado está dividido entre candidatos de centro-esquerda e de extrema direita, que se veem como inimigos, não como adversários políticos que lutam para a melhoria de uma nação. Assim como aconteceu em 2018, teremos uma eleição escancaradamente polarizada. Depois de meses tentando emplacar seu nome, com muita batida de cabeça, Simone Tebet (MDB) corre atrás de um eleitorado sedento por uma terceira opção, mas parece improvável que consiga êxito. Ou seja: vamos assistir mais uma vez o show de horror que se repete a cada campanha eleitoral. Postulantes a cargos públicos prometendo mundos e fundos, apresentando um País que toda a população almeja, mas que entra eleição e sai eleição, nunca se aproxima. Candidatos nanicos, com propostas e promessas absurdas, também não serão nenhuma novidade. A maior certeza, no entanto, é que teremos uma troca de ofensas sem fim, em que a falta de educação reina e as propostas concretas são inexistentes.
Mas não podemos reclamar tanto, ainda mais porque se dependesse de um dos candidatos, sequer teríamos eleições. O que nos resta é recarregar o estoque de paciência, manter a calma e aguardar mais um espetáculo de promessas eleitoreiras que, entra ano, sai ano, sempre subestimam nossa inteligência.