Uma mulher, de 53 anos, foi presa depois de matar o marido, 60, com marretadas na cabeça. Ela teria cometido o crime durante um surto psicótico. O caso ocorreu no domingo (7) na residência do casal, localizada na rua Mestre Thomaz, no bairro Rádio Clube, em Santos, litoral sul de São Paulo. As informações são da Tribuna.

No primeiro momento, a Polícia Militar foi acionada pelos vizinhos do casal por causa dos gritos da mulher, que prendeu o marido dentro da residência. Porém os agentes não entraram na casa porque ela não abriu o portão e o homem teria conseguido escapar.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) também foi chamado, mas os socorristas alegaram falta de segurança para conter a mulher e foram embora.

Depois, os moradores da região acionaram novamente a Polícia Militar. Quando os agentes chegaram ao local, encontraram o homem caído no quintal e próximo a uma marreta. Ele chegou a ser socorrido pelo Samu, mas morreu enquanto recebia atendimento médico na Santa Casa de Santos.

Segundo os policiais militares, a mulher estava agressiva e gritava palavras desconexas. Por causa disso, os agentes tiveram de usar a força para contê-la. Na sequência, ela precisou ser levada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Zona Noroeste, onde foi medicada.

Após receber alta da unidade de saúde, a mulher foi para uma delegacia da região.

A advogada Nádia Vitória Schurkim, que representa a mulher, informou que ela sofre de transtornos psicológicos há anos. “Na verdade, ela já vem há muito tempo tomando medicação. Pelo o que foi dito até o momento, ela estava em estado de surto.”

“(Os vizinhos) chamaram o Samu, que foi (até o local) e, pelo fato de que ela estava muito violenta, não deram atenção que possivelmente eles teriam que ter dado naquele momento. O marido também tinha determinados problemas psiquiátricos e houve um enfrentamento entre os dois e ela o agrediu.”

“O que nós estamos providenciando agora é que ela passe no Instituto Médico Legal (IML) e não fique junto com outras presas, pela integridade física dela e das outras”, completou a advogada.

Na tentativa de justificar a atitude da sua cliente, a advogada informou que a mulher não sabia o que estava fazendo. “Logicamente ela não sabia, não tem discernimento. Em surto, as pessoas pegam aquilo que tem ali na mão.”

O caso continua sendo investigado pelo 7° Distrito Policial de Santos. Nesta segunda-feira (8), a mulher deve ser enviada para uma penitenciária, onde aguardará pela audiência de custódia.