A fabricante francesa de pneus Michelin anunciou nesta terça-feira (28) a transferência de suas atividades na Rússia “até o final de 2022”. Mesmo com o país representando 2% das vendas, o grupo garante que a medida não afetará seus objetivos financeiros.

“Depois de suspender as atividades industriais na Rússia dia 15 de março, Michelin constata agora a impossibilidade técnica de sua retomada”, declarou a companhia, que conta com cerca de mil trabalhadores russos, através de um comunicado.

Cerca de 750 empregados trabalhavam na fábrica de Davydovo, perto de Moscou. Essa fábrica foi inaugurada em 2004 e produzia entre 1,5 e 2 milhões de pneus por ano, principalmente para veículos do mercado local.

O grupo planeja transferir o controle das suas operações terciárias e industrias para a administração local, que “operaria através de uma estrutura independente da Michelin”.

A empresa destacou “dificuldades de abastecimento em um contexto duradouro de incerteza geral”, enquanto a guerra na Ucrânia continua e as sanções internacionais contra a Rússia se agravam.

O grupo realiza 2% de suas vendas globais e 1% de sua produção mundial de pneus para carros de passeio na Rússia.

Por conta das sanções internacionais contra a Rússia, muitas companhias suspenderam ou cessaram suas atividades no país, principalmente no setor automobilístico.