O torcedor são-paulino vai ter de esperar um pouco mais para conhecer os 11 titulares do São Paulo para a dura temporada de 2022. Apesar de ter utilizado a molecada na decisão do Paulista e diante do Flamengo, Rogério Ceni ainda estuda mesclar a juventude com a experiência, mas espera ter um pouco mais de tempo para isso. As desgastantes viagens e a bateria de jogos preocupam o treinador, que roda o elenco para evitar lesões que o desgaste físico pode ocasionar.

Depois da derrota para o Flamengo, por 3 a 1, o técnico modificou sete peças para a visita ao Juventude pela Copa do Brasil. Sábado, mais uma vez fora de casa, o time enfrenta o Red Bull Bragantino e, mesmo falando em reencontro com as vitórias, Ceni não esconde que mais uma vez promoverá diversas alterações.

“Com jogadores mais experientes, o time perde velocidade, mas ganha em posse de bola, já com Sara e Igor Gomes é volúpia e força. As escalações dependem do tipo de jogo, das características da equipe rival. Mas vamos preservar a parte física para não perder jogadores lesionados. O físico pesa, o desgaste físico é muito grande”, advertiu.

E vai além. “Jogo de três em três dias é bravo, difícil, temos pouco tempo pouco para corrigir. Vamos mexer ainda mais. Alguns que ficaram no banco (em Caxias do Sul) vão começar e montaremos um time para recuperar da derrota contra o Flamengo”, afirmou o treinador, já vislumbrando um triunfo em Bragança Paulista.

O técnico só não adianta quem serão as novidades. Rafinha, Diego Costa, Welington e Igor Gomes nem foram para Caxias do Sul e devem retornar no Brasileirão. Rodrigo Nestor e André Anderson entraram somente no segundo tempo diante do Juventude.

Apesar de falar em buscar a vitória contra o Bragantino, Ceni não esconde sua preocupação com as atuações do São Paulo. Em sua visão, a equipe vem oscilando muito de uma partida para outra.

“O primeiro tempo (em Caxias) não foi só a questão de resultado (2 a 0 contra), mas o que o time apresentou. Ou melhor, não apresentamos nada, nem minimamente razoável fomos e saímos com um resultado melhor do que apresentamos dentro de campo”, admitiu. “É a dificuldade de vários times que não estão prontos ou sem trabalhos longínquos. Você altera para ter jogadores disponíveis, bastante jovens, com muita energia, mas em um jogo apertado eles não têm calma. Temos de aprender a conviver com isso, estamos sem tempo de um jogo para o outro.”

Ceni pede calma com Gabriel Sara, voltando de lesão e ainda readquirindo um melhor preparo físico, e busca mais apoio para o argentino Calleri, em sua visão, “muito sozinho na frente.”