A Agence France-Presse (AFP) fechou 2021 no azul, o terceiro ano consecutivo, que ficou marcado pela assinatura de um acordo com o Google sobre direito autoral, e obteve um lucro “histórico”, anunciou a agência de notícias nesta quarta-feira (20) em comunicado.
Segundo as contas aprovadas pelo Conselho de Administração da AFP, as receitas comerciais da agência de notícias cresceram 4,1% em relação a 2020.
Esse crescimento é “muito alentador nos tempos atuais”, disse o diretor-geral da AFP, Fabrice Fries.
O lucro líquido alcançou um nível “histórico” de 10,6 milhões de euros, frente aos 5,3 milhões de 2020, e aos 400 mil de 2019, ano em que a AFP voltou a fechar no azul pela primeira vez desde 2013.
Isso se explica, em particular, pelo acordo conseguido no final do ano passado com o Google sobre direito autoral, cujo importe é confidencial, acompanhado de uma “transação que cobre, em particular, as custas judiciais” de dois anos de negociações, explicou Fries.
Isso contribuirá para o reembolso da dívida da AFP, que se espera que esteja totalmente amortizada em 2028. Seu nível foi de 39,6 milhões de euros em 2021, frente aos 49,2 milhões do início de 2018.
Além do vídeo e da investigação digital, objeto de uma associação com o grupo Meta (Facebook), a “atividade para empresas e instituições” permitiu à AFP diversificar suas receitas, em particular através da Factstory (antiga AFP Services, filial que cria conteúdo para a comunicação das marcas).
A compensação do Estado pelos custos relacionados com as missões de interesse público subiu para 117,2 milhões de euros, um aumento de 1,4%.
O plano de economia de custos lançado há três anos, que inclui as demissões voluntárias, gerou 11 milhões de euros em 2021, alcançando 80% do objetivo total fixado para 2023, segundo Fabrice Fries.
Para 2022, “espera-se que os custos aumentem significativamente devido à intensidade da atualidade editorial e ao contexto inflacionário”, diz a nota.