01/04/2022 - 18:23
O bispo Honorilton Gonçalves, que é líder espiritual da Igreja Universal do Reino de Deus em Angola, foi condenado a três anos de prisão no país africano. Ele é acusado de ter imposto aos religiosos locais que fizessem o procedimento de vasectomia. As informações são do UOL.
A Justiça angolana ainda determinou que o bispo pague indenizações aos religiosos Alfredo Faustino e Jimy Inácio, nos valores de 30 milhões de kwanzas (R$ 313 mil) e 15 milhões de kwanzas (R$ 156 mil), respectivamente.
Por meio de comunicado divulgado em seu site, a Universal informou que “estimula, publicamente, o planejamento familiar consciente, discutido de modo livre e responsável por cada casal. Em Angola, 50% dos pastores e bispos têm filhos, porque esta é a opção deles”.
“A Igreja respeita as leis, as autoridades locais e a cultura de Angola e de todos os demais 136 países onde está presente no mundo, e recorrerá da decisão de acordo com a legislação local”, finalizou.
O bispo Honorilton não foi localizado pela reportagem do UOL.
Vasectomia
Segundo a Justiça angolana, os religiosos eram obrigados a fazerem vasectomia. Os que se recusassem a fazer o procedimento eram transferidos para igreja menores e tinham os seus salários reduzidos.
No Brasil, a Igreja Universal é alvo de processos pelo mesmo motivo. Inclusive, já perdeu algumas ações. A instituição nega as acusações.
Outros réus absolvidos
O bispo angolano Antonio Pedro Correia da Silva, ex-presidente da igreja no país, o pastor Belo Kifua Miguel e o brasileiro Fernando Henriques Teixeira eram acusados pelo mesmo caso e foram indiciados.
Eles também haviam sido acusados por lavagem de dinheiro, mas a Justiça optou por não considerar esse suposto crime na sentença.
Sobre o caso desses religiosos, a Universal disse que “após dois anos de intensa perseguição e atropelos processuais, a justiça angolana absolveu os réus”.
