Os quatro torneios de tênis do Grand Slam decidiram unificar sua forma de concluir as partidas de cinco sets, estabelecendo todos em 2022 o super tie-break (10 pontos conquistados com diferença mínima de dois) com 6-6 no quinto set, anunciaram nesta quarta-feira.

“Os Grand Slams querem tentar a experiência por uma temporada completa, depois de consultar a WTA (circuito feminino), a ATP (circuito masculino) e a ITF (federação internacional) antes de tornar perene essa mudança de regra”, indicaram os quatro ‘majors’ (Australian Open, Roland Garros, Wimbledon e US Open) em um comunicado conjunto.

“Os puristas podem ficar desapontados, mas estamos orgulhosos por podermos nos alinhar com os outros três Grand Slams”, disse Amélie Mauresmo, diretora de Roland Garros.

Nas últimas temporadas, o Grand Slam francês foi o único a deixar as partidas continuarem até que um jogador vencesse o set final com dois games de vantagem.

O Australian Open já teve um super tie-break em 6-6 no quinto set, Wimbledon teve um tie-break mas com empate em 12 games, e o US Open teve um tie-break em 6-6 no quinto set.

“A ideia também é dar mais satisfação aos torcedores que adoram esse momento decisivo e de suspense no final da partida. Em termos de programação dá mais visibilidade, principalmente para as televisões, embora globalmente tenha sido uma porcentagem bastante pequena de partidas que foi afetado”, acrescentou a ex-tenista.

O espanhol Rafael Nadal, rei do saibro de Paris com 13 títulos, considerou que a medida “não fará grande diferença”.

“De certa forma (a unificação) é positiva, mas não acho que terá um grande impacto em Roland Garros. Na minha opinião, o maior impacto será em Wimbledon. Às vezes é muito difícil quebrar (o saque), então os jogos são muito longos”, disse Nadal quando questionado sobre a medida após sua partida das oitavas de final em Indian Wells (Califórnia).

“Em Roland Garros pode haver mais alguns games, mas não acho que seja 22 a 20. Em Wimbledon isso pode acontecer”, disse ele.

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