Nesta quinta-feira (17/2), a direção do Yacht Club soltou uma nota com teor que tenta imputar a este repórter o ônus pelo simples ato de ter reportado um fato

Vale ressaltar que, ao contrário do que informa a primeira nota do YCB, a coluna procurou por telefone a direção do clube no dia da publicação, para se manifestar, em duas ligações que foram gravadas por nossa equipe, para uma posição da atual gestão. Em vão, porque o interlocutor avisa que não havia assessoria de imprensa. Resposta do Club que só saiu depois da repercussão do noticiado.

A Coluna publicou a resposta do Yacht Club tão logo foi solicitada por seus advogados.

O documento da AGU é claro ao dar aval ao ex-comodoro, também citado na matéria, para recorrer ao judiciário a fim manifestar a denúncia sobre eventual manobra contábil indicada em seus documentos.

Um documento do Conselho Fiscal do próprio YCB contesta decisão da direção de alterar contas ( veja ao fim da matéria ). O que amparou ofício da AGU de recomendar ao ex-comodoro acionar a Justiça. Há seis processos em tramitação sobre o caso.

Maré braba e inesperada em Salvador. Um dos mais tradicionais do País, o Yacht Club da Bahia, com sede no exclusivo Corredor da Vitória, virou alvo de investigação federal. A atual gestão do YCB é acusada de modificar sem motivo justificado o balanço 2018/19 e a partir disso promover perseguição política, utilizando-se das ferramentas institucionais do Club para atacar e intimidar a gestão anterior.

O caso chegou a Brasília. Após denúncia na Secretaria Nacional de Esportes – que mantém convênios com o Yacht, fundamentada em farta documentação (inclusive com ofícios assinados pelo Conselho Fiscal do Club), a Advocacia Geral da União recomendou que a contenda seja investigada pela Polícia Federal, Ministério Público Federal e Justiça Federal.

A situação se federalizou em razão de suspeitas de manipulação de documentos e burla de lei federal, que envolvem prestações de contas com verbas da União. A reportagem não conseguiu contato com a direção do YCB até o momento. A reportagem tentou contato no sábado pelos telefones do YCB e um atendente informou que o clube não possui assessoria e só na segunda-feira o gerente responsável poderia responder sobre o assunto. Após publicação, direção soltou nota confusa apontando para ex-gestor.

A direção do YCB, sem responder os chamados da Coluna, soltou nota de esclarecimento assinada pelo Comodoro Francisco Brandão e pela presidente do Conselho Deliberativo Amélia Garcez. A nota desconhece os ofícios da AGU e cita um ex-comodoro. Procurado neste domingo pela reportagem, o ex-comodoro Marcelo Sacramento, através de seu advogado, defendeu sua gestão de quatro no YCB e informou que há dois anos se defende de “ataques inconsequentes e caluniosos da atual gestão que tenta a todo custo macular sua imagem e da sua ex diretoria”. E que recorreu à Justiça e ao MP na Bahia.

A direção atual do YCB soltou a seguinte nota, que reproduzimos na íntegra:

“O Yacht Clube da Bahia foi surpreendido por nota indicando que estaria sendo investigado por órgãos federais em razão de atos praticados pelas suas Gestões Anteriores.

O Clube desconhece qualquer investigação oficial sobre as suas contas, razão pela qual esclarece que apenas após ser formalmente cientificado poderá pronunciar-se à respeito. Cumpre pontuar, desde já, todavia, que causa estranheza o conteúdo da nota uma vez que, todos os atos de gestão do Clube sempre foram aprovados pelos seus Órgãos Internos, assim como o Clube mantém a sua situação de absoluta lisura e credibilidade junto aos Órgãos de Administração Desportiva Nacional, dentre os quais a própria Secretaria Nacional do Desporto.

Lamentavelmente a nota reflete apenas a versão de antigo gestor que, tendo suas contas reprovadas pelo Conselho Deliberativo do Clube, busca através de meios tortuosos atingir a imagem do Yacht Clube da Bahia, e a sua história, subvertendo a realidade dos fatos. Se o Clube tivesse sido ouvido antes da publicação da aludida nota, certamente tais fatos teriam sido integralmente esclarecidos. (Aqui um adendo, o clube foi procurado no sábado para se posicionar, procuramos pelo comodoro e pelo diretor executivo, e temos a prova da apuração, e não havia assessoria, o interlocutor informou que só na segunda-feira o responsável poderia responder)

O Clube lamenta a tentativa recorrente de antigos gestores em continuar a atacar a entidade e sua reputação.

A atual gestão informa que, como sempre, se manifestará exclusivamente nos âmbitos legais e administrativos e que continuará seu caminho de profissionalização e melhoria nos padrões de governança da entidade.

Comodoro: Francisco Brandão*

AGU recomenda investigação na gestão atual do Yacht Club da Bahia

AGU recomenda investigação na gestão atual do Yacht Club da Bahia

AGU recomenda investigação na gestão atual do Yacht Club da Bahia

AGU recomenda investigação na gestão atual do Yacht Club da Bahia

Desde a publicação desta matéria em 1ª mão, o Yacht Clube navega numa maré braba no Judiciário local e em Brasília, diante da pendenga entre os associados. Inconformado com o que classifica de perseguição política do atual conselho, o ex-comodoro Marcelo Sacramento recorreu a instâncias superiores. Num primeiro momento, o TJ da Bahia acolheu a decisão do juiz da 1ª instância a favor de Sacramento. Os processos tramitaram, chegaram ao STJ e STF, onde o ex-comodoro teve ganho de causa contra o atual conselho da entidade.

Confira mais detalhes nestes links

https://letsgobahia.com.br/noticia/ultimas-noticias/stf-mantem-decis%C3%A3o-emfavor-de-marcelosacramento

https://jurisprudencia.stf.jus.br/pages/search?

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https://portal.stf.jus.br/processos/downloadPeca.asp?id=15363953990&ext=.pdf