A Pharol (antiga Portugal Telecom), maior acionista individual da Oi, defende que o acordo fechado com o fundo Société Mondiale, ligado a Nelson Tanure, foi a melhor solução para a companhia, que está em processo de recuperação judicial. Dois dos principais acionistas travaram durante meses uma disputa na tele e chegaram a um acerto após determinação de mediação feita pela Justiça.
“A pacificação de uma guerra societária é a melhor solução para a empresa”, disse um executivo da companhia em entrevista ao Broadcast. No acordo, Tanure conseguiu duas vagas de membros titulares no Conselho de Administração, além de quatro suplentes.
No dia em que foi fechado o acerto, duas vagas foram abertas no conselho. A Pharol disse que foi uma “coincidência”. “Se as vagas não aparecessem, faríamos assembleia com uma chapa única para aprovar os indicados do Société Mondiale. Juntou-se o útil ao agradável”, disse o executivo da Pharol.
Para a empresa portuguesa, a assembleia para votar a indicação dos conselheiros traria mais confusão e desestabilização.
Antes de assumirem as vagas, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) ainda terá que aprovar a mudança. Na visão da Pharol, isso ocorrerá sem problemas. Os dois titulares indicados por Tanure são o ex-ministro das Comunicações Helio Costa e o ex-presidente do BNDES Demian Fiocca.
Nas recentes mudanças, Ricardo Malavazi Martins assumiu o cargo de Diretor de Finanças e Relações com Investidores da companhia. Ele substituiu Flavio Nicolay Guimarães, que renunciou ao posto. Martins era membro do Conselho de Administração da Oi, e renunciou à posição para assumir a diretoria. (Mariana Sallowicz)