Chegou ao fim um dos mais rumorosos casos de crimes sexuais nos EUA, envolvendo a socialite britânica Ghislaine Maxwell, filha do já falecido magnata da mídia internacional Robert Maxwell.

Ghislaine, hoje com 60 anos, estudou na Universidade de Oxford e possuía relações com a família real. Ela foi julgada por doze jurados do Tribunal do Júri de Manhattan e condenada por unanimidade sob a acusação de aliciamento de meninas menores de idade. Em troca de dinheiro, elas faziam sexo com o namorado da ré: o financista e empresário norte-americano Jeffrey Epstein. Em 2019 ele se suicidou na prisão enquanto aguardava julgamento.

Nos EUA, o veredicto de condenação ou absolvição é divulgado ao final do julgamento, como somente poderia acontecer, mas, diferentemente da maioria dos países, a dosimetria (cálculo) da pena é dada pelo juiz depois de um ou dois meses. Ghislaine pode ficar presa pelo resto da vida.

Um depoimento foi essencial para condená-la: o de Carolyn (nome fictício para proteção da identidade da depoente), agora com cerca de 40 anos de idade. Ela contou que, quando adolescente, foi aliciada para manter relações sexuais com Epstein. Disse ainda que, na época, recebeu US$ 300 das próprias mãos de Ghislaine.
Para a promotoria, não restou dúvidas de que a condenada era “a chave para o esquema de Epstein”.