16/09/2016 - 18:00
À flor da pele
No ar na novela “Haja Coração”, Cleo Pires estreia na terça-feira 20 a série “Supermax”. “Foi um presente. É algo totalmente diferente”. Longe da guerrilheira que encarna num presídio, Cleo foi clicada sem maquiagem e com suas 20 tatoos para o projeto “Essa Minha Mulher”, do produtor Léo Fuchs e do fotógrafo Elvis Moreira. O conceito foi trazer o lado real das mulheres. “Ela tinha acabado de acordar”, diz Léo. “Adorei isso de mostrar a hora da tranquilidade, em casa, “jogada”, conta Cleo. A atriz define a mulher que é: “Deixo as pessoas que trabalham comigo loucas. São muitas ideias nessa cabecinha”. Cleo diz que a solteirice vai bem: “Estou me amando, me curtindo e está sendo delicioso.”
Sem marketing
Avaliação de um ilustre marqueteiro sobre o pronunciamento do ex-presidente Lula, após a denúncia do Ministério Público Federal: “Ele perdeu a oportunidade de explorar mais o mito que ainda é. Poderia ter ido de branco, em vez de vermelho. Poderia ter atribuído aos procuradores e ao próprio juiz Moro o ‘‘defeito’ da juventude’, com delicadeza”, diz o especialista. “Ele era o cara, mas errou de cara..”
Os sonhos de Domingos
O ator Domingos Montagner tinha sonhos que planejava realizar depois da novela “Velho Chico”. Todos tinham a ver com a sua essência no circo. Domingos, que amava ser palhaço, queria montar uma sede para o circo Zanni, que dirigia. Já tinha um terreno. Também sonhava celebrar com um filme os 20 anos de sua companhia La Mínima. Já estava transformando a ópera italiana “I Pagliacci” em uma peça de teatro. “É um sonho antigo. Apesar de ter palhaços e bufões, não é uma ópera cômica, mas uma tragédia. Quero transformá-la em um espetáculo de teatro popular e aumentar seu potencial cômico sem perder a belíssima carga dramática”, contou à coluna, há três meses, em entrevista a Simone Blanes. Também queria ter um teatro. Mas seu sonho mais amoroso era simples: “Ver o jogo de futsal do meu filho e estudar piano com o outro filhote”. Com sua morte trágica por afogamento, Domingos Montagner deixa três filhos. Ele está em dois filmes que não estrearam: “Através das Sombra”, de Walter Lima Jr, e “Vidas Partidas”, de Marcos Schechtman, sobre violência doméstica.
Performática
Ela começou a carreira cantando em francês, num misto de Edith Piaf e Amy Winehouse. Agora, a cantora, compositora e performer Lia Paris lança o EP Lva Vermelha, com quatro faixas, dois videoclipes e uma performance impactante, criada só para o projeto produzido por Daniel Hunt. “Eu me mostro mais como performer e não apenas como cantora. A mágica ficou por conta da maquiagem espacial”, diz Lia.
Festa em Santa Teresa
O estilista francês Jean Paul Gaultier chega no dia 14 de outubro ao Rio de Janeiro. Ficará quatro dias. Ele vem ao Brasil para o lançamento das novas edições de sua fragrância Classic, agora sob o guarda- chuva da Puig, grupo espanhol que já controlava a maison JPG na moda. Uma festa em torno do infant terrible fashion acontecerá numa casa no bairro de Santa Teresa. Gaultier se hospedará no Fasano.
New look
Comentário de um correligionário de Michel Temer sobre o novo visual moreno da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), agora ex-loura: “Nem o marido, Paulo Bernardo, deve ter reconhecido. Ela está querendo se esconder naquele vermelho mouro.” Gleisi surgiu morena na tevê, atrás de Lula, no pronunciamento do ex-presidente
“Lula será ainda mais desconstruído”
Luiz Fernando Furlan, ex-ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio no governo Lula e atual chairman do Lide, receberá, na segunda-feira 19, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, para almoço-debate no hotel Hyatt, em SP. Ele falou sobre os desafios de Michel Temer, Meirelles e sobre Lula:
O novo governo tem dois anos e quatro meses para acertar a economia. Não é pouco tempo para realizar tantas reformas?
Um presidente que tem apenas dois anos vai ter pressa. Temer tem o desafio de mostrar serviço. Terá que fazer ajustes nos ministérios. Os dois grandes reformistas do passado recente do Brasil foram dois presidentes de mandato curto. Collor e Itamar. A história não reconhece muito – porque a campanha do Fernando Henrique Cardoso à presidência roubou a cena -, mas quem bancou o Plano Real foi Itamar Franco.
O sr. acredita que o presidente Michel Temer conseguirá evitar lançamentos precipitados de candidaturas à presidência em 2018, como a do ministro Meirelles e a dos tucanos?
Não sei se ele tem esse poder. Inevitavelmente, os candidatos vão aparecer. Me parece que, entre José Serra, Geraldo Alckmin e Aécio Neves, Meirelles talvez seja o mais comportado deles. Ele é demissível. Se a economia não reagir, tende a haver uma fritura palaciana como teve Joaquim Levy. Meirelles, sozinho, não tem a expressão política que tem o Serra, o Alckmin, e o Aécio. Meirelles teria que ter um caminho parecido com FHC, no plano Real. Precisa fazer um bom trabalho, e o povo precisa sentir no bolso os benefícios da política econômica. Vejo chances reais do governo alcançar bons números no curto e médio prazo.
Como ex-ministro do governo Lula, como vê a situação do ex-presidente?
O lugar de Lula na história foi desconstruído. Se ele for condenado, será ainda mais. Todo o mundo o admirava. O legado dele e seu lugar na história está sendo comprometido. Não se sabe bem qual vai ser o lugar da Dilma da história. Temer, assim como Itamar e Collor, pode ter o seu lugar.
Fotos: Daryan Dornelles (Domingos Montagner); Elvis Moreira (Cleo Pires); Divulgação (Lia Paris)