Homens armados picham mensagem de protesto e queimam 13 veículos em cidade do interior do Paraná

Divulgação/Prefeitura de Campo Magro
Foto: Divulgação/Prefeitura de Campo Magro

Dois homens armados invadiram e renderam os vigias do pátio da prefeitura de Campo Magro, na região metropolitana de Curitiba, no Paraná. No local, a dupla ateou fogo em 13 veículos usados para o transporte de moradores da região. Os suspeitos ainda picharam frases com protestos contra a polícia local: “A Roni executa, o estado finge que não vê”. As informações são do UOL.

Cláudio Casagrande, prefeito de Campo Magro, afirmou ao UOL que acredita que o incêndio tem relação com confrontos ocorridos na última quarta-feira (01). “É uma manifestação de pessoas que estão em uma invasão na cidade há um ano e meio. Na quarta-feira houve um confronto entre a polícia e os invasores e deixou uma pessoa morta. O pátio tem cem veículos e conseguimos, por sorte, salvar muita coisa”, disse.

De acordo com a prefeitura, cerca de duzentas famílias invadiram uma área de proteção ambiental. A reintegração de posse foi autorizada, mas a pandemia da Covid-19 fez com que a retirada das famílias fosse interrompida. “No nosso cadastro tem 500 famílias, mas muitas não vivem lá e, inclusive, algumas pessoas tentam vender os terrenos para se aproveitar da situação”, contou Cláudio.

“O incêndio poderia ser ainda maior, já que o fogo não conseguiu se alastrar. Em um ônibus para cadeirantes, por exemplo, o fogo não se propagou, já que ele é adaptado e não tem tanto material inflamável. O prejuízo estimado é de R$ 7 milhões. É muita coisa para uma cidade pequena”, revelou o prefeito.

Cassiano Aufiero, delegado da Polícia Civil do Paraná, disse que as investigações sobre o caso já começaram. “Acompanhamos o caso desde a madrugada e já acionamos a Criminalística e o Instituto de Identificação. Já foram coletadas várias evidências, que serão confrontadas com alguns dados que possuímos. Tudo levar a crer que se trata de uma retaliação por causa de uma ação policial na madrugada anterior, contendo inclusive ameaças aos órgãos públicos”, afirmou.

Mesmo com a investigação em curso, nenhum suspeito foi identificado.