Muitas pessoas se escandalizaram com a declaração dada por Bolsonaro nesta semana sobre o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) ao afirmar que o exame estava começando a ficar “com a cara do governo”. A fala foi dita no momento em que quase 40 funcionários do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), terem pedido demissão de seus cargos, alegando interferência do governo no conteúdo da prova.

Não é novidade que Bolsonaro também queira provocar retrocessos na educação do País. Desde que o capitão assumiu a Presidência, os brasileiros não viram retorno algum nas escolas, ou nas universidades. Não é à toa que a educação brasileira aparece em último lugar em um ranking de competitividade com 63 outras nações divulgada neste ano pelo IMD World Competitiveness Center. Segundo esse estudo, enquanto o mundo investe cerca de R$ 34,5 mil por estudante anualmente, o Brasil aplica apenas R$ 10,6 mil.

O que vem acontecendo é justamente o inverso: uma área completamente abandonada, vista somente como uma suposta ferramenta para subverter a população ao comunismo, em outra narrativa fantasiosa da família que nos governa. Um pensamento de quem, no fim das contas, não entende nada de Educação.

Deixar de abordar questões de gênero em provas do Enem é só mais uma mostra ao Brasil do que Bolsonaro planeja para o País: ter uma Nação tomada pela pobreza, devastada pela ignorância e refém do retrocesso que o capitão representa.