O presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM), afirmou nesta terça-feira (19), em entrevista ao jornal O Globo, que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) cometeu crimes sérios na pandemia, como crime contra a humanidade e charlatanismo, mas não genocídio.

“A grande preocupação em relação ao genocídio é que se você já tem crime contra a humanidade, já é um crime muito grande, e esse já foi provado e ‘desprovado’ por ele. O Bolsonaro fez aglomerações propositadamente, o Bolsonaro pregou a imunização de rebanho, pregou medicamento não comprovado, foi charlatão prescrevendo medicamento sem eficácia… Então, ele tem crimes sérios, só que o genocídio é muito mais sério que isso tudo. O meu medo é esse crime (genocídio) ser arquivado no futuro e os outros dizerem ‘está vendo, eles estavam errados’. Mas, se o Renan mantiver esse ponto, eu votarei a favor”, disse Aziz.

A entrevista foi concedida antes da decisão dos senadores que retirou as acusações de homicídio e genocídio contra Bolsonaro do relatório final da CPI que deve começar a ser lido nesta quarta-feira (20) na comissão.

Aziz também disse ser contra sugerir o indiciamento do filho 01 do presidente, o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), pelo crime de advocacia administrativa, como consta na minuta do relatório do senador Renan Calheiros (MDB-AL), por avaliar que não há provas suficientes.