Por Maria Caspani e Nathan Layne

NOVA YORK (Reuters) – Os hospitais de Nova York estão se preparando para demitir milhares de profissionais de saúde por não cumprirem a exigência de prova de vacinação contra Covid-19 que entra em vigor nesta segunda-feira, e alguns do norte do Estado norte-americano estão limitando os serviços para lidar com a falta de pessoal.

O Centro Médico do Condado de Erie (ECMC), em Buffalo, suspendeu as cirurgias eletivas e não aceitará pacientes de tratamento intensivo de outros hospitais agora que se prepara para demitir centenas de funcionários não vacinados, disse um porta-voz.

A Catholic Health, um dos maiores prestadores de serviços de saúde do oeste de Nova York, disse que adiaria algumas cirurgias eletivas nesta segunda-feira enquanto trabalha para elevar seu índice de vacinação, que chegou a 90% dos funcionários na tarde de sábado.

Peter Cutler, porta-voz do ECMC, disse que a decisão de limitar algumas operações prejudicará o hospital financeiramente, já que as cirurgias opcionais em pacientes internados rende cerca de 1 milhão de dólares por semana, além de causar inconvenientes a esta clientela.

No mês passado, o Departamento Estadual de Saúde de Nova York emitiu uma ordem exigindo que todos os profissionais de saúde recebam ao menos sua primeira dose de vacina contra Covid-19 até 27 de setembro, provocando uma corrida dos hospitais para vacinar o máximo possível de seus funcionários.

No sábado, a governadora Kathy Hochul disse estar cogitando acionar a Guarda Nacional e profissionais de saúde de fora do Estado para preencher as lacunas de pessoal prováveis, já que 16% dos 450 mil funcionários de hospital nova-iorquinos não estavam totalmente vacinados.

(Por Nathan Layne em Wilton, Connecticut, e Maria Caspani em Nova York)

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