Em 2007, Marcelo Luiz Nogueira dos Santos passou 8 meses sem pagar R$ 275 de aluguel do local onde morava. Ele era assessor do senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) e recebia um contracheque de R$ 4.466,37 da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio), mas diz que participava de um esquema de rachadinha e por isso devolvia para Flávio 80% do que recebia. As informações foram divulgadas pelo portal UOL.

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Quando deixou de ser assessor de Flávio, Marcelo continuou sem pagar aluguel e acumulou uma dívida que supera R$ 14 mil atualmente.

A quebra de sigilo bancário de Marcelo corrobora com a tese da rachadinha, pois mostra saques feitos ao longo de 2007, sempre em datas próximas aos pagamentos feitos pela Alerj.

Dono do local onde Marcelo morava, o comerciante João Carlos Júdice da Silva entrou com a ação de despejo em 2010. O processo se arrastou até 2013.

Atualmente João diz que ainda não recebeu o valor devido e ainda revela que Marcelo sublocou o imóvel na época, pois uma terceira pessoa estava morando lá quando o despejo foi concretizado.

Apesar do prejuízo, João diz que apoia a família Bolsonaro. “Naquela época em que ele (Marcelo) alugava a casa, eu sabia que ele era assessor parlamentar, mas não sabia de quem. Infelizmente, a rachadinha está institucionalizada no Brasil. É o usual, é o que acontece. É certo? Não, é muito errado. Mas, comparado com os trilhões que foram roubados no país nos últimos anos, R$ 4.000 é pouco”.

Marcelo Luiz Nogueira dos Santos ainda não comentou sobre as dívidas e o processo de despejo.

Flávio Bolsonaro nega a realização de rachadinhas e diz que é vítima de difamação de pessoas como Marcelo.