Marconny Faria já foi integrante do movimento Vem Pra Rua, que puxou as manifestações pelo impeachment de Dilma Rousseff (PT),  é investigado como uma lobista na mira da CPI da Covid, na análise dos atos do Ministério da Saúde na gestão Bolsonaro, conforme apuração do jornal O Globo.

O empresário teve inclusive o celular apreendido pela Polícia Federal, com mensagens extraídas as quais evidenciaram o apelido de Marconny como “senhor de todos os lobbies”, cunhado pelo vice-presidente da CPI, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

Aos 39 anos, Marconny é bacharel em Direito, apresenta-se como advogado, mas o Cadastro Nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) tem apenas um registro de seu nome, já cancelado, como estagiário.

Ainda segundo o jornal, o empresário tem passagem nos alto círculos do poder na capital federal brasileira, com contatos das autoridades.

Para se ter uma ideia, Marconny  tem aproximação inclusive com a família do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido). O empresário tem contato com a advogada Ana Cristina Valle, ex-mulher de Jair Bolsonaro, e com o filho do casal, Jair Renan Bolsonaro.

“Marconny mostra uma capacidade de articular pessoas que querem vender serviços para o governo e autoridades que tomam o controle das decisão. Seu depoimento é importante para contextualizarmos com quem ele falava e qual a forma de remuneração dessa atividade. Saber se teve impacto na aquisição de vacinas e de remédios durante a pandemia”, explica o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), integrante da CPI da Covid.