Na última segunda-feira (30), Thaís Cristina, de 41 anos, confessou ter assassinado o marido, identificado como Bruno Siuves Ferreira, de 39 anos, com golpes de faca e marreta. Ao se apresentar em uma delegacia do bairro Planalto, em Minas Gerais, para confessar o crime, a mulher afirmou que era vítima de violência doméstica.

Em seu depoimento, Thaís revelou que, durante o final de semana, teria sido agredida e estuprada pelo companheiro. Na sequência, ela teria esperado Bruno dormir para assassiná-lo com golpes de faca e marreta. Após o crime, Cristina fugiu para a casa dos parentes e abandonou o corpo do marido no apartamento em que vivia com a vítima.

Em uma mensagem de áudio enviada para a advogada durante o final de semana, a mulher confessa o crime. No conteúdo, ela diz que foi agredida e ameaçada várias vezes por Bruno. “Sábado eu acabei matando meu esposo porque ele estava me ameaçando, falando que ia me matar. Ele disse que ia sair do flagrante e que a lei Maria da Penha não dava em nada. Ele ‘tava’ dormindo, eu fui e dei umas marretadas e facadas nele. Agora eu quero me entregar”, conta.

De acordo com Lilian Daniele, advogada de Cristina, a mulher vivia em uma “situação de muito terror”. “Ela sofria tortura psicológica, estupro, era privada do convívio com a família. Não tinha sequer contato com os filhos dela. Ele (Ferreira) a mantinha em cárcere privado”, relata.

A defesa de Thaís ainda afirmou que a mulher tinha uma medida protetiva contra Bruno. O crime será investigado pela Delegacia de Homicídios de Santa Luzia.