O Ministério Público do Trabalho de Santa Catarina (MPT-SC) encontrou 18 trabalhadores de uma propriedade de plantação de cebola na última sexta-feira (27). Os funcionários estavam sem comida e não recebiam salários.

De acordo com o UOL, os funcionários foram enganados por um suposto agenciador, que teria fugido com R$ 11 mil dados pelo dono da propriedade para ser repassado aos trabalhadores. As vítimas, que residiam em Pernambuco, estavam em Santa Catarina em busca de emprego, quando encontraram um homem que prometeu agenciar a contratação deles em alguma propriedade de cebola em Ituporanga.

Segundo o proprietário da plantação, ele deu R$ 11 mil ao “agenciador” para repassar o valor aos trabalhadores, contudo, o suspeito acabou fugindo com todo o montante.

Conforme o MPT informou em seu site, os 18 trabalhadores estavam separados em dois grupos, um deles morava em uma casa na propriedade em que trabalhavam com o plantio e a outra metade alugava um imóvel em Imbuia. Todos os colaboradores recebiam R$ 7,50 por mil mudas plantadas de cebola.

Acir Alfredo Hack, procurador do trabalho, afirmou que, apesar das irregularidades, não foi constatado trabalho análogo à escravidão e apontou haver “irregularidades trabalhistas graves como falta de registro profissional e de pagamentos pelos serviços realizados”.

Após inspeção no local, o dono da plantação revelou que assinaria a carteira de trabalho dos trabalhadores, faria os pagamentos das atividades já realizadas e que não foram repassados do aliciador para as vítimas, além de pagar a rescisão dos que quiserem voltar à terra natal em razão do fim do plantio da cebola.

O caso está sendo investigado e as autoridades trabalham para identificar o aliciador que, conforme o MPT, estaria proferindo ameaças aos trabalhadores e dono da plantação após saber da denúncia.