A CPI da Covid no Senado ouve nesta quinta-feira (26) o ex-funcionário da Anvisa José Ricardo Santana, que participou do jantar no dia 25 de fevereiro, no qual o ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde Roberto Ferreira Dias teria pedido US$ 1 de propina para a negociação de compra de vacinas.

Santana foi citado na CPI pelo próprio Dias, em seu depoimento à comissão no dia 7 de julho. O ex-diretor de Logística da pasta chegou a ser preso, acusado de mentir aos senadores na ocasião. Ele disse ter ido ao restaurante Vasto, em Brasília, encontrar-se com Santana, que afirmou ser seu amigo.

O suposto pedido de propina foi revelado pelo cabo da Polícia Militar de Minas Gerais Luiz Paulo Dominghetti, que teria ouvido como exigência de Dias US$ 1 por dose da vacina AstraZeneca que a empresa Davati Medical Supply tentava negociar com o governo Jair Bolsonaro.

José Ricardo Santana também teria ligação direta com Francisco Maximiano, sócio-presidente da Precisa Medicamentos, que estava envolvida em irregularidades na venda das vacinas indianas Covaxin ao governo federal.

Seu pedido de convocação foi feito pelo relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL). Assim como outros depoentes, Santana também recebeu do STF o direito de permanecer em silêncio diante de perguntas que possam incriminá-lo.