A enfermeira Haley Richardson, de 32 anos, morreu na sexta-feira (20), vítima da covid-19, em Theodore, no Alabama (EUA). Grávida de 6 meses, a mulher se recusou a tomar a vacina contra a doença afirmando ter medo de que o imunizante causasse efeitos colaterais no bebê.
De acordo com a equipe médica, a criança que Haley esperava também morreu. A enfermeira testou positivo para covid-19 no final de julho e foi internada no começo de agosto, quando os sintomas pioraram. No entanto, o quadro dela se agravou e Haley não resistiu às complicações da doença.
Os médicos chegaram a realizar um parto de urgência, na tentativa de salvar a criança. Porém, dois dias após a morte da mãe, a criança também faleceu. Conforme Jordan Richardson, marido de Haley, o bebê deveria ter nascido em novembro.
“Eu estava animado. Eu já tenho uma filha [Katie, de 2 anos] e todos perguntavam quando estávamos tentando o nosso segundo bebê: ‘Você quer um menino?’, e eu dizia: ‘Não, eu quero outra garota’. Fiquei muito animado quando descobri que seria realmente mais uma menina”, disse em entrevista à emissora de TV News 5.
Jordan contou ainda que apoiou a decisão da esposa de não tomar a vacina, porque também temia efeitos colaterais para a bebê. “Nós teríamos defendido a vacina, se soubéssemos que esse seria o resultado”, lamentou o marido, que agora aconselha que todas as gestantes recebam o imunizante contra a covid-19.
Após a morte da enfermeira, amigos da família criaram uma vaquinha virtual, para ajudar nos custos da internação e do velório de Haley.