A ginasta brasileira Rebeca Andrade conquistou a medalha de prata na competição individual. A ginasta de 22 anos se tornou a primeira brasileira a conquistar uma medalha na ginástica artística dos Jogos Olímpicos.

Com 57,298 pontos, Rebeca só ficou atrás da americana Sunisa Lee, que somou 57,433 pontos e manteve o domínio dos Estados Unidos na prova. O bronze foi para a russa Angelina Melnikova, com 57,199 pontos.

Além da prata já conquistada, Rebeca ainda vai disputar disputar mais duas finais em Tóquio: domingo no salto, e segunda-feira no solo.

Trajetória

Rebeca poderia ter tido uma projeção maior antes não fossem as graves lesões que sofreu. Em 2019 ela foi submetida a uma terceira cirurgia no joelho direito (ligamento cruzado anterior) que a deixou fora do Mundial. Por causa de uma lesão idêntica dois anos antes, ela também perdeu o Mundial e os Jogos Pan-Americanos de Lima.

Por causa da pandemia de covid-19, veio o adiamento para os Jogos de Tóquio e isso para ela foi bom, porque ela pôde se recuperar ainda mais da lesão e ganhar ritmo de competição. Acabou se classificando para a Olimpíada no Campeonato Pan-Americano, realizado no Rio, mostrando séries boas nos aparelhos.

Rebeca começou na ginástica artística em Guarulhos. Sua tia estava trabalhando no Ginásio Bonifácio Cardoso e descobriu que haveria um teste. A mãe da garota permitiu que ela fizesse o teste e foi aprovada logo quando tinha 4 anos. Por ser forte e veloz, logo mostrou que tinha aptidão para aquilo.

Ela treinou por cinco anos lá, entre 2005 e 2010. Mas passou por muitas dificuldades. De família humilde, muitas vezes não tinha como ir até o local para treinar. A mãe trabalhava como empregada doméstica para cuidar dos oito filhos. Mas desde o início ela recebeu bastante ajuda, tanto dos treinadores quanto dos familiares.