O dono da primeira medalha do Brasil em Tóquio na natação é Fernando Scheffer. O gaúcho conquistou o bronze nos 200m livre nesta madrugada e entrou para o time dos medalhistas da modalidade no País com a 14ª conquista na história.

“O sentimento que me preenche agora é gratidão. Teve muita gente que esteve comigo todo esse tempo. Todos os treinadores, os preparadores, fisioterapeutas, médicos, amigos de treino, adversários, família, amigos. A galera ficou acordada até tarde para torcer. Hoje todo mundo nadou comigo, essa medalha é de todo mundo. Muita gente acreditou em mim, não tinha como eu não acreditar”, afirmou o atleta após a cerimônia de premiação ao COB.

Ao ver a medalha no peito, Fernando conta que lembrou das dificuldades nos treinamentos imposta pela pandemia. O nadador chegou a ter que nadar em uma piscina de condomínio, além de treinar em açude com os outros atletas. Para os exercícios fora da piscina, Scheffer montou uma academia na garagem de casa.

“Nunca fui o mais rápido, o mais resistente, o mais versátil, mas sempre pensei em ser o mais esforçado. E levo essa mentalidade até hoje e isso é um diferencial importante para trabalhar todos os dias. Dá confiança para chegar aqui e saber que a gente pode fazer algo a mais. A atmosfera que a gente traz define muita coisa. Eu me preparei para vir pra cá e criar o melhor ambiente para mim, o mais descontraído, não jogar uma carga que não precisava. Não coloquei pressão que precisava fazer final, pegar uma medalha, só queria vir aqui e nadar o meu melhor, o que eu treinei pra fazer”, afirmou.