Cerca de 10.000 policiais, dez drones e cinco helicópteros serão enviados a Lima para garantir a segurança nesta quarta-feira, durante a posse do novo presidente do Peru, Pedro Castillo, informou a instituição nesta segunda-feira (26).

“Temos 10.000 policiais para tudo que envolva a proteção do centro de Lima e principais praças [Palácio do Congresso e do Governo, entre outros]. Toda a capacidade logística para um evento tão importante e transcendental”, informou o comandante-geral da polícia, General César Cervantes, aos jornalistas.

Cervantes indicou ainda que dez drones e cinco helicópteros darão apoio à vigilância da capital peruana, de 10 milhões de habitantes.

Três dias de cerimônias estão contemplados na posse de Castillo, que assumirá o poder no dia em que o Peru comemora o bicentenário de sua independência, declarada em 28 de julho de 1821 pelo general argentino José de San Martín.

Mais de 2.000 policiais se dedicarão a proteger dignitários estrangeiros, incluindo o rei Felipe VI da Espanha e meia dúzia de presidentes latino-americanos.

“Até agora foram confirmados seis presidentes, três ex-presidentes, 10 chanceleres e personalidades […], também temos a visita do Rei da Espanha, que também estará conosco”, revelou o diretor de Segurança do Estado, general Teófilo Mariño, à AFP.

Na quinta-feira, Castillo viajará para a cidade andina de Ayacucho para um juramento simbólico na Pampa de la Quinua, cenário da Batalha de Ayacucho em 9 de dezembro de 1824, que selou a independência do Peru e do resto da América.

“É possível que muitas dessas autoridades [estrangeiras] também viajem para a cidade de Ayacucho”, disse Mariño.

A polícia implantará cerca de 2.000 agentes naquela cidade localizada 350 km a sudeste de Lima.

Entre os líderes que participarão da posse de Castillo estão o argentino Alberto Fernández, o boliviano Luis Arce, o chileno Sebastián Piñera e o equatoriano Guillermo Lasso. O ex-presidente boliviano Evo Morales está no Peru desde segunda-feira e também será um dos convidados.

Castillo foi proclamado presidente eleito há uma semana pelo júri eleitoral, que levou um mês e meio para analisar as contestações e os recursos apresentados pela candidata de direita Keiko Fujimori.