Na última sexta-feira (21), uma equipe do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) de Brasiléia, no interior do Acre, encontrou um rapaz, de 26 anos, acorrentado em casa pela mãe. As informações são do G1.

O jovem, que tem transtornos mentais, não apresentava sinais de maus-tratos. Luma Braga, psicóloga que atendeu o rapaz, revelou que a única forma encontrada pela mãe para manter o filho em segurança foi amarrá-lo.

Na chegada na propriedade da família, as autoridades encontraram o rapaz acorrentado e conversaram com a mãe. A mulher revelou que, desde a adolescência do rapaz, foi ficando cada vez mais difícil controlar os impulsos do filho, que já chegou a fugir e se perder na região.

“A mãe explicou a situação, que não é de hoje, que vem sofrendo com o filho, que ela não sabia como lidar, não tinha conhecimento de que o caso dele poderia ser estabilizado com tratamento medicamentosos. Até então, foi compreendido o caso dela, porque é um dos tantos casos que atendemos na zona rural em que as pessoas não têm informações a respeito de saúde mental”, disse Luma.

O rapaz foi atendido por uma médica psiquiatra que fez os primeiros procedimentos de avaliação e aplicação de medicação. A mãe do jovem foi orientada sobre o tratamento que deve ser feito. “Ele não tinha sinais de agressão, de violência, era alimentado na hora certa, era higienizado, estava sendo mantido acorrentado como uma forma de proteger o restante da família, porque ele tinha crises e em alguns momentos ficava agressivo, e ele fugia também. E até como uma forma de proteger ele da vizinhança, que também já estava até fazendo ameaça, por não conhecer o caso dele. Agora, vamos passar a acompanhar a família a cada 15 dias”, explicou Braga.