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Educação é direito de todo cidadão e garantia de futuro, de cada um e do país. Por isso os professores, responsáveis pela formação e especialização de todos os profissionais, são tão importantes. “A docência não é só uma carreira do futuro e, sim, do presente. Se pensarmos que o conhecimento vai ser o diferencial entre países e pessoas, o professor se torna fundamental. É uma área estratégica, com emprego garantido, e que vai ser cada vez mais valorizada”, diz Maria do Pilar Lacerda, secretária de Educação Básica do Ministério da Educação. Os dados do Censo da Educação Básica de 2009 revelam que há, no país, 194.546 escolas de educação básica, entre públicas e privadas. Além delas, os professores também podem trabalhar  em instituições da rede federal de educação profissional e tecnológica e em universidades. Uma área em ascensão para os docentes está na educação corporativa. “Em 1996 tínhamos dez universidades corporativas no país. Hoje, são 250 e o potencial de crescimento é muito maior”, afirma Armando Lourenzo, diretor da Ernst & Young University. Segundo dados do Censo Escolar 2007, a maioria dos professores trabalha em apenas uma escola e é responsável por uma turma de 35 alunos em média. Mais da metade deles (63,8%) tem jornada em turno único; 30,2% têm jornada em dois turnos e 6% trabalham em três turnos.

Quanto maior e melhor a qualificação, maior a remuneração; o professor de ensino superior ganha mais que o do ensino médio, e assim por diante

A pesquisa revela, ainda, que 83% dos professores trabalham em escolas urbanas, 15% em escolas rurais e 2% nas duas. Para atender a demanda de todas as instituições de ensino do país foram registrados 2.873.058 empregos de professores, em todos os níveis de ensino, segundo números da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), do Ministério do Trabalho e Emprego. Desse montante, cerca de 80% participam da educação básica (que reúne educação infantil, ensino fundamental e ensino médio). Os demais estão no ensino superior, na educação profissional e na educação especial. A formação acadêmica de um professor varia de acordo com a área pretendida. E a atualização profissional é fundamental para se obter sucesso nesse mercado. “A docência requer disponibilidade para aprender sempre, a partir de uma graduação acadêmica que ofereça fundamentos de conteúdos científicos gerais, elementos de didática e mídias digitais, e estudo das bases filosóficas, sociológicas e psicológicas da cultura na qual atuamos”, avisa o educador e filósofo Mario Sergio Cortella. As licenciaturas habilitam para atuação como professor na educação infantil, ensino fundamental e médio. O normal superior e pedagogia, ambos cursos de graduação, formam professores aptos a lecionar na educação infantil e nos primeiros anos do ensino fundamental. O magistério de nível médio prepara o professor para atuar apenas na educação infantil, e aos poucos dá lugar aos cursos superiores. O bacharelado em qualquer área não habilita o profissional a lecionar.

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Para atuar como docente, ele precisará de um curso de complementação pedagógica. Para lecionar no ensino superior, exigese, no mínimo, uma pós-graduação lato sensu (especialização). Segundo dados do Ministério da Educação, a Lei 11.738/08 instituiu o piso salarial profissional nacional para o magistério, única categoria profissional a ter piso estabelecido por lei. O valor é de R$ 1.024,67 – a partir de janeiro deste ano – para professores que trabalham até 40 horas por semana e têm formação de nível médio. “Docentes de nível superior devem ter remuneração maior e isso depende do plano de carreira de cada instituição”, afirma Maria do Pilar Lacerda. Os números mostram que quanto maior a qualificação do professor, maior sua remuneração. Dados do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior revelam que o salário de um docente desse nível, com qualificação de doutor e dedicação exclusiva, pode chegar a R$ 11.755,05, a partir  de julho deste ano. Outras vantagens  da profissão seriam a estabilidade,para os concursados nas escolas públicas, férias duas vezes por ano durante o recesso escolar e a possibilidade de ter um horário flexível.