Em uma entrevista ao jornal Extra, um ex-colega do vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho, acusado de ser responsável pela morte do garoto Henry Borel, de 4 anos, disse que ele costumava ser violento na infância e que após as agressões exibia no rosto uma “expressão de prazer”.

“Ele cismou comigo do dia pra a noite. Eram bandas e muitos cascudos durante o tempo que passei na escola”, disse o ex-colega de Jairinho ao Extra, sem revelar sua identidade. “Eu tinha muito medo. Ele me batia com raiva. Em seguida, via no rosto dele uma expressão de prazer”, afirma.

O homem afirma que as agressões começaram quando ambos tinham 8 anos e estudavam no colégio particular Ferreira Alves, em Bangu, na zona oeste do Rio. O ano era 1986, e Jairinho saltou de um tablado de cerca de 50 centímetros de altura e atingiu em cheio o colega, que compraria um lanche na cantina da escola durante a hora do recreio. A criança atingida caiu no chão.

Segundo o relato do homem ao Extra, as agressões duraram três anos e que, à época, Jairinho era chamado às escondidas de “esquisito”. Quando criança, o vereador acusado de assassinar o menino Henry era visto quase sempre sozinho, olhando para o nada no pátio do colégio.

“A hora do recreio era uma tortura. Ele não mexia com os meninos maiores. Passei a não descer mais. Eu não contava nada para os meus pais. Sofria bullying calado”, diz o a vítima das agressões.