Alerta em Honduras por zika após oito casos de microcefalia em bebês

Alerta em Honduras por zika após oito casos de microcefalia em bebês

As autoridades de Honduras anunciaram nesta terça-feira (26) que oito bebês nasceram no país com microcefalia, a maioria por casos associados ao zika, e chamaram a população a combater o mosquito que transmite a doença.

“Nosso sistema de vigilância reportou neste mês de julho oito bebês com microcefalia e desses, sete só nesta semana” afirmou a ministra de Saúde, Yoloni Batres, em coletiva de imprensa.

Cinco das mulheres que tiveram filhos com microcefalia sofreram quadros de zika, mas outras três afirmam não ter tido nenhum dos sintomas do vírus, como febres, erupções e conjuntivite, entre outros, afirmou a ministra.

Batres acrescentou que há mais 493 mulheres grávidas com alto risco de ter bebês com microcefalia, assim como com a síndrome de Guillain-Barré, que provocou três mortes no decorrer do ano.

O vírus da zika, que se propaga principalmente através do mosquito Aedes aegypti, está associado a malformações em fetos, como a microcefalia e transtornos neurológicos como a síndrome de Guillain-Barré.

Sete dos bebês com microcefalia nasceram na cidade Choluteca e um em Tegucigalpa.

Batres destacou que Choluteca vive “uma emergência” por causa do “surto” de zika, e o Ministério de Saúde está definindo uma equipe para reunir-se com as forças da cidade e preparar planos destinados a combater o vetor.

A ministra explicou que as autoridades de saúde ajudarão as mães que têm bebês afetados pela microcefalia com programas de reabilitação para que comecem o tratamento o quanto antes.

Ao longo do ano, 57.969 pessoas já sofreram alguma das três doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti: 27.869 de zika, 16.860 de dengue e 13.240 de chicungunha.

“A zika é uma doença que pode ser prevenida com o envolvimento da população” no esforço em eliminar o mosquito, “que tem que ser visto como uma arma mortal, como uma roleta russa”, sentenciou a ministra.

As autoridades de saúde empreendem uma forte ofensiva na capital e em outras três zonas do país, com o apoio de 2.000 militares e da comunidade, para destruir os criadouros do mosquito nas casas, apesar de as três doenças continuarem se expandindo de forma incontrolável.