Adolescentes que têm dentes tortos mas não querem usar o aparelho extrabucal – apelidado de "cabresto" – estão recorrendo a uma opção que não atrapalha a estética do rosto. Trata-se do orthosystem, aparelho que tem o mesmo papel do extrabucal. Para corrigir dentes anteriores (da frente) desalinhados, utiliza-se um aparelho fixo. O problema é que, ao mesmo tempo que esses dentes são empurrados para a trás, a tendência é que os de trás (posteriores) venham para a frente. O extrabucal e o orthosystem impedem que isso aconteça

O orthosystem consiste no implante de um pino de titânio no céu da boca no qual estão ligadas hastes que seguram os dentes de trás. "Não dói quase nada", garante o ortodentista André Tortamano. O auxiliar administrativo Thiago Sobreira, 18 anos, usa o aparelho e está feliz. "Dei graças a Deus de não usar aquele ‘capacete’", brinca. Outra opção que também pode substituir o extrabucal é o pêndulo, aparelho de resina que fica grudado no céu da boca, sem implantes, e que joga os dentes anteriores para trás, mas não garante que os dentes posteriores não vão para a frente. "Dependendo do caso, não descarta o uso do extrabucal", explica Tortamano. Segundo o especialista, os tratamentos com os novos aparelhos duram em torno de um ano, enquanto o antigo cabresto precisa de dois a dois anos e meio para dar bons resultados. O preço é ainda uma desvantagem. Enquanto o extrabucal sai em torno de R$ 200, o orthosystem não fica por menos de R$ 1 mil e o pêndulo custa em torno de R$ 700.