Paulo Betti, de 68 anos, deu uma entrevista para a Folha de S. Paulo e falou sobre pandemia, vacina e política. Sobre o retorno do teatro quando o novo coronavírus acabar, o ator disse: “O teatro vai bombar.” Essa é a intuição de Paulo Betti para daqui a “uns dois anos”, quando, diz acreditar ele, todos os brasileiros já estarão vacinados contra a Covid-19. “Tenho uma intuição, que espero que se concretize, que as pessoas vão ficar com muita vontade de ir ao teatro, com muita vontade de ver coisas ao vivo.”
Betti contou que para passar o tempo na quarentena tem feito lives e está mais ativo nas redes sociais. “Tem que ajudar a sociedade a não ser enganada pelas fakes news, pelo obscurantismo, e destacar a importância do uso da máscara de proteção e da vacina.”
“Eu me exponho ali, falo o que penso. Não tenho medo disso, porque estamos vivendo um momento muito grave para ficar no muro. Eu me sinto com o compromisso absolutamente moral de me posicionar”, reforça, ponderando que não tem qualquer intenção de exercer cargo político.
Apoiador declarado do PT, o veterano diz que voltou a ter esperanças com o discurso feito pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está apto para se candidatar à Presidência da República em 2022: “Voltamos de alguma maneira a imaginar uma perspectiva de respiro, de alguém que se compadece, se emociona, não só com o seu próprio ego, com o seu próprio umbigo. Você vê o nosso presidente, ele só se emociona quando fala o que aconteceu com ele [a facada que recebeu na campanha de 2018], que ele poderia ter morrido. Aí ele chora. Nunca você o vê se emocionar com o outro, com as pessoas estão que morrendo, e as famílias que perderam alguém. Você não vê isso.”
Paulo concluiu falando que muitas vezes ao expressar a opinião no Instagram provoca o ódio em alguns internautas. “Se a pessoa parte para o chavão ‘a mamata vai acabar’, e quando me responde de forma agressiva ou grosseira, bloqueio e apago o comentário”.