22/04/2016 - 18:14
Ao servir ao governo como o seu mais prestigiado líder, com amplo e irrestrito acesso ao Palácio do Planalto e ao ex-presidente Lula, Delcídio do Amaral foi flagrado em missão sigilosa (segundo ele por ordem direta do GRANDE LÍDER), daquelas que
são só destinadas a um membro de extrema confiança da elite palaciana.
Na missão tentava comprar o silêncio de um dos principais delatores da Lava a Jato, além de oferecer a ele um plano de fuga. Deu errado, Delcídio foi preso.
Pronto: de 1 minuto para o outro o superagente, o hábil negociador, o líder da Dilma, o homem até então imprescindível no tabuleiro político, se viu transformado pela organização da qual fazia parte em um “NINGUÉM”. E ninguém correu em seu socorro. Ninguém foi ouvi-lo. Ninguém da sua turma demonstrou solidariedade, ofereceu direito de defesa. Chegou a ficar 27 dias numa "sala" da Polícia Federal em Brasilia, sem banheiro, sem dignidade, uma verdadeira solitária. E solitário ficou. Ele simplesmente deixou de existir.
Golpeado e abandonado pelos “cumpanheiros”, Delcídio resolveu abrir o jogo. Traído, tornou-se mais um colaborador da Lava a Jato. E revelou bastidores do grande golpe dado na nossa sociedade, na nossa democracia. O golpe de efeito tsunâmico que vem arrasando a economia, o país e a vida dos brasileiros.
E é dessa turma que trai, até mesmo seus mais leais servidores, que vem o grito que qualifica o impeachment como golpe.
Mergulhados nas próprias mentiras e escândalos, sem esclarecer absolutamente nada, passaram a negar, a negar e a negar tudo, mesmo diante das provas mais consistentes. E a reação é conhecida: vão ao ataque.
E, dentro da mesma técnica de “guerrilha do convencimento”, passando por cima da constituição, a repetir cínica, incessante e incansavelmente uma espécie de mantra, o “não vai ter golpe”, na tentativa de, pela exaustão, “fazer a cabeça” dos brasileiros.
No espírito mais antidemocrático e totalitário, passaram a acusar de conspirador, golpista e traidor todos aqueles que se distanciaram por não conjugar com suas ideias e métodos.
Tentaram subestimar a nossa inteligência, mas os "Delcídios" serão ouvidos, as ruas já deram a eles uma resposta.
O Brasil cansou dessa gente, cansou desse jeito de "revolucionar" a verdade. E, democraticamente, vai impedi-los de continuar a governar o país.
Não, não vai ter golpe, vai ter justiça!
* Elsinho Mouco é especialista em marketing político, responsável pelas campanhas do vice-presidente Michel Temer