No Dia Internacional da Mulher, dia 8 de março, o rapper ex-morador de rua BreakDown faz o lançamento da sua mais recente música, “Hei Mina”, um hit que fala de paixão, juventude e empoderamento feminino.

Com um ritmo envolvente que mistura rap e hip hop, o artista conta a história de uma paixão da juventude, sob a perspectiva da valorização da mulher. “Ele se apaixonou por uma mulher forte e dona de si, o romance juvenil não deu certo, mas o olhar dela não saiu da cabeça dele”. O clipe faz parte do projeto #nascinaesperança, com selo RapSP2050 e apoio da Cavalera.

Em um momento em que somos bombardeados com notícias sobre o aumento de violência contra a mulher e contra a população negra, BreakDown fala da importância de abordar o relacionamento a dois com respeito e igualdade. “Não ouvimos mais as pessoas falarem do olhar e eu considero os olhos a melhor forma de definir uma pessoa. Por isso, na letra, ressalto o olhar. O olhar dela muda a forma como ele vê o mundo”.

No clipe, que foi gravado em frente ao Theatro Municipal, no centro de São Paulo, quem interpreta essa jovem mulher independente é a atriz Débora Santos. Ela se inspirou em muitas artistas para compor a sua atuação, tais como: Iza, Glória Groove, Vanessa do Rap, Drik Barbosa, Bell Hooks, Carolina Maria de Jesus. “Como mulher artista preta, esse tema já me permeia há muito tempo. Pensei muito em como me olhar. Se eu acredito que sou poderosa, o outro também vai acreditar que sou poderosa”, diz a atriz.

Quem assina a direção é Leonardo Muniz. A escolha pelo centro de São Paulo se deu para mostrar o pano de fundo da vida do artista, que já viveu por anos nas ruas da capital e tem uma incrível história de superação. “Quando ouvi pela primeira vez a música, me chamou a atenção a levada… esse suingue, que é a marca do Break. Pedi para ele manter esse gingado e leveza no clipe, dançando com ela”, revela o diretor.

Mais sobre o artista
BreakDown nasceu na periferia de São Paulo, superou os desafios de morar na rua e, desde 1999, mistura rap e hip hop brasileiro com discurso contra a opressão às populações marginalizadas nas grandes metrópoles brasileiras.

Seu primeiro disco gravado foi em 2001, intitulado “Condenado pelo silêncio”, e conta sua história de abandono e abuso na infância e de sua invisibilidade como pessoa em situação de rua; seguido de Testemunho (2005). Em 2006, foi reconhecido como “Personalidade do Ano” pelo prêmio “Adela Villas Boas”. Também participou do programa “Musical” da TV Cultura, abrindo o show da banda de rock CPM 22. Em 2009, lançou a mixtape “À espera de um milagre” pelo selo independente RapSP2050.

Além do seu trabalho como cantor, o artista desenvolve um trabalho voltado para comunidades carentes da periferia, fazendo palestras em escolas sobre drogas e violência e racismo.

Veja o clipe: