24/02/2021 - 15:24
CARACAS, 24 FEV (ANSA) – O governo da Venezuela declarou nesta quarta-feira (24) a embaixadora da União Europeia (UE), Isabel Brilhante Pedrosa, uma “persona non grata” e concedeu 72 horas para a diplomata deixar o país.
A medida, anunciada pelo chanceler venezuelano, Jorge Arreaza, foi tomada após o bloco impor novas sanções contra funcionários venezuelanos.
“Hoje, por decisão do presidente Nicolás Maduro, entregamos nas mãos da senhora Isabel Brilhante a declaração como persona non grata”, disse o ministro à imprensa após uma reunião com a diplomata em Caracas Segundo Arreaza, por instrução do presidente Nicolás Maduro, a embaixadora da União Europeia na Venezuela tem 72 horas para sair do país.
Na última segunda-feira (22), a UE acrescentou 19 altos funcionários do regime Maduro na lista de indivíduos alvos de sanções.
Entre as medidas estão a proibição de viagens e o congelamento dos bens dos envolvidos nos países do bloco europeu. No total, 55 venezuelanos estão na lista, incluindo Remigio Ceballos, um dos principais líderes militares do país; Indira Alfonzo, presidente do Conselho Nacional Eleitoral; e dois deputados da Assembleia Nacional.
As restrições foram determinadas depois das eleições parlamentares de 6 de dezembro, boicotadas e classificadas como fraudulentas pela oposição venezuelana. A UE, Estados Unidos e diversos países da América Latina, inclusive, não reconheceram o processo eleitoral.
Para Juan Guaidó, reconhecido por mais de 50 países como presidente da Venezuela, a pressão sobre o governo Maduro deve continuar para conseguir o fim da crise com eleições livres.
(ANSA)