Durou mais de nove horas o depoimento à Justiça do empresário Elissandro Spohr, o Kiko, um dos réus no processo criminal sobre a tragédia da Boate Kiss, nesta terça-feira, 1º, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul. O proprietário da casa noturna afirmou que nunca os órgãos de fiscalização obrigaram o fechamento da boate por problemas de regularização antes do incêndio.

Kiko respondeu às perguntas do juiz, do Ministério Público, dos advogados dos outros réus – Marcelo de Jesus dos Santos e Luciano Augusto Bonilha Leão, músicos da banda Gurizada Fandangueira; e Mauro Hoffmann, o outro proprietário da boate – e do próprio defensor.

Segundo ele, a prefeitura da cidade também possui responsabilidade na tragédia que matou 242 pessoas e feriu outras 630, em janeiro de 2013.

O ex-dono da Kiss lembrou o que fez na noite da tragédia, quando estava na boate. Ele afirmou que abriu uma das portas – a de fumantes – e negou que as demais tenham sido trancadas, impedindo a saída das vítimas.