03/05/2014 - 0:30
A Associação Federal de Medicina dos EUA já bateu à porta da Suprema Corte para explicar que mentem aqueles que defendem a injeção letal como método “mais humano” de execução. A injeção paralisa o condenado por fora e explode o seu coração por dentro, impedindo que exteriorize a sua dor – assim, ela é cinicamente “mais humana” somente para aqueles que têm de testemunhar a execução. Na terça-feira 29 mais um exemplo da “humanidade” da injeção foi dado em Oklahoma. Na maca para morrer na semana passada estava Clayton Lockett (assassinou uma mulher em 1999). Como está em falta a substância tradicional da “inconsciência” (o laboratório parou de vendê-la ao governo americano justamente por ser usada na pena de morte), foi substituída por “midazolam” (indutor de sono, também utilizado como pré-anestésico). Lockett agonizou por 47 minutos (a média é dez). O fato impediu que fosse executado outro condenado, Charles Warner, que tinha encontro com a morte assim que a maca de Lockett esfriasse.