Era comum os pintores do século XIX fazerem diversas cópias de suas obras – achavam que na execução de cada réplica iam eliminando imperfeições. Um século mais tarde isso caiu em desuso e passou a ser visto como coisa de artista preguiçoso na criação. Vicent Van Gogh, por exemplo, copiava sem parar a si mesmo e tais réplicas foram até tidas como falsificações. Nada a ver. Hoje o mercado de artes disputa acirradamente essas obras. Prova disso é que a National Gallery de Londres, pela primeira vez em 65 anos, irá expor duas versões de “Os Girassóis”. As cópias revelam o temperamento obsessivo do artista.