Os Estados Unidos lideram a corrida no desenvolvimento e uso de inteligência artificial (IA), enquanto a China avança rapidamente e a União Europeia (UE) está ficando para trás, de acordo com um relatório publicado nesta segunda-feira (25).
Este estudo da Fundação de Tecnologia da Informação e Inovação (Information Technology and Innovation Foundation) comparou as situações usando 30 parâmetros, incluindo talento humano, atividade de pesquisa, desenvolvimento comercial e investimentos.
Os Estados Unidos estão no topo do pódio, de acordo com este relatório baseado em dados de 2020, com uma pontuação geral de 44,6 pontos em uma escala de 100 pontos.
Eles estão na liderança especialmente em áreas-chave, como investimento em start-ups e financiamento para pesquisa e desenvolvimento.
Em seguida, vem a China que, com 32 pontos, avançou em diversas áreas e no ano passado teve 214 dos 500 supercomputadores mais poderosos do mundo, mais do que qualquer outro país – 113 para os Estados Unidos e 91 para a UE.
A União Europeia obteve apenas 23,3 pontos, devido a um atraso principalmente ao nível de financiamento de capital de risco e financiamento de capital privado, mas faz melhor em termos de publicações de pesquisa.
“O governo chinês fez da IA uma prioridade máxima e os resultados são visíveis”, comentou Daniel Castro, diretor do Centro para a Inovação de Dados deste think tank e principal autor do relatório.
“Os Estados Unidos e a União Europeia devem prestar atenção e responder ao que a China está fazendo, pois os países que lideram o desenvolvimento e o uso da IA moldarão seu futuro e melhorarão significativamente sua competitividade econômica, enquanto aqueles que ficam para trás correm o risco de perder sua competitividade em setores-chave”, disse ele.
A China publicou 24.929 artigos de pesquisa sobre IA em 2018, de acordo com os dados mais recentes, em comparação com 20.418 para a União Europeia e 16.233 para os Estados Unidos, detalha o relatório.
No entanto, “a qualidade média da pesquisa americana ainda é superior à da China e da União Europeia”, diz Daniel Castro, acrescentando que os Estados Unidos “continuam sendo líderes mundiais na concepção de chips para sistemas de IA”.
Para se manter competitiva, a Europa deve, segundo o relatório, reforçar os incentivos fiscais à pequisa e desenvolver institutos públicos de pesquisa neste domínio.
Quanto aos Estados Unidos, para manter sua liderança, devem fortalecer o apoio à pesquisa e à implantação da IA, e redobrar seus esforços para desenvolver talentos no país, atraindo pessoas de todo o mundo.