O primeiro-ministro da Mongólia anunciou sua renúncia nesta quinta-feira (21), no dia seguinte a uma manifestação nas ruas Ulan Bator que denunciava o tratamento de uma jovem mãe, infectada com covid-19, e seu recém-nascido.

A Mongólia impõe rigorosos controles de fronteira e está muito pouco afetada pela epidemia. No entanto, a aparição em novembro dos primeiros casos de transmissões locais gerou confinamentos e restrições impopulares.

Esse descontentamento se transformou, nesta semana, na fúria após a divulgação na televisão de um vídeo em que aparece uma mãe, que parecia ter acabado de dar à luz, sendo transferida de um hospital para um centro de tratamento de doenças infecciosas.

Nas imagens, a mulher está vestida com um simples pijama e sandálias de plástico, enquanto as temperaturas invernais na capital chegam aos 25 graus abaixo de zero.

A divulgação das imagens gerou uma manifestação. E os protestos de quarta-feira em frente à sede do governo levaram o primeiro-ministro Khurelsukh Ukhnaa a anunciar sua demissão.

Também renunciaram o vice-primeiro-ministro, o ministro da Saúde e os chefes do hospital e do centro de tratamento de doenças infecciosas.

Até o momento, a Mongólia registra 1.584 casos de coronavírus e três mortes.