31/12/2020 - 12:27
O setor público brasileiro registrou em novembro um déficit primário de 18,1 bilhões de reais, de acordo com informações do Banco Central, diante em linha com o observados antes da pandemia da Covid-19. No mês, o governo central (governo federal, BC e Previdência) marcou um déficit de 20,4 bilhões de reais, um pouco acima do rombo de 18,2 bilhões de reais registrado no mesmo mês de 2019, informou a agência Reuters.
Enquanto isso, Estados e municípios tiveram superávit de 2,3 bilhões de reais e as empresas estatais, déficit de 87 milhões de reais. Em meados do ano, o rombo primário do setor público chegou a superar 188 bilhões de reais em um único mês sob o impacto das medidas de enfrentamento ao impacto econômico da pandemia e também do adiamento do pagamento de impostos autorizado pelo governo.
As despesas estão em queda e os impostos diferidos estão sendo pagos pelas empresas o que tem contribuído para reduzir os déficits –em outubro, o setor público chegou a ter um superávit primário.
No acumulado em 12 meses, o rombo primário equivale a 8,9% do PIB. Na semana passada, o Ministério da Economia disse esperar um rombo primário de 844,2 bilhões de reais, ou 11,7% do PIB, para o ano, recorde histórico, mas um pouco abaixo do estimado anteriormente.
O Tesouro Nacional apontou que o déficit está sendo positivamente afetado pelo alto volume de recursos empoçados, de quase 35 bilhões de reais. O chamado empoçamento ocorre quando recursos são liberados para pagamento, mas não são executados pelos ministérios por uma série de amarras e vinculações.