27/11/2020 - 8:13
O presidente Jair Bolsonaro disse que não tomará a vacina contra o novo coronavírus, quando uma for aprovada e estiver disponível.
“Eu digo para vocês, eu não vou tomar, é um direito meu”, afirmou em uma live na quinta-feira (26).
A pandemia de coronavírus provocou mais de 170.000 mortes no Brasil, o segundo país com mais vítimas fatais em números absolutos, atrás apenas dos Estados Unidos.
Bolsonaro enfrenta críticas por sua gestão da pandemia, a qual minimiza, ao mesmo tempo em que se opõe a medidas de confinamento e promove o remédio hidroxicloroquina. Vários estudos já demonstraram a ineficácia deste medicamento contra a covid-19.
O presidente foi infectado pelo coronavírus em julho. Mais da metade de seu gabinete testou positivo.
Após a certificação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), “o governo federal vai comprar esse material e colocar à disposição da população de forma gratuita e voluntária”, disse o presidente.
Também disse ter certeza de que o Congresso não vai tornar a vacina obrigatória.
Muitos países demonstram esperança com um fim em breve da pandemia e de seus impactos devastadores, após anúncios de laboratórios de que suas vacinas têm 95% de eficácia.
Na quarta-feira, o grupo farmacêutico americano Pfizer comunicou a Anvisa sobre os testes de sua vacina, passo necessário para solicitar o registro.
O Ministério da Saúde já assinou um contrato para a compra de 100 milhões de doses de uma vacina desenvolvida pela AstraZeneca e Universidade de Oxford.