Constrangida ao tentar tirar uma foto 3×4 para o documento de identidade, Sara Policarpo, de 25 anos, conseguiu nesta terça-feira (24) fazer a segunda via do documento em Itaúna, com uma foto onde os traços característicos não foram editados.

“Agora eu me reconheço”, afirmou Sara ao G1. No último dia 20, ela foi vítima de racismo ao ir em um estúdio fotográfico para tirar uma foto 3×4 em Divinópolis (MG). De acordo com o relato dela, o fotógrafo pediu para que ela prendesse o cabelo black power e, mesmo após ela atender ao pedido, o profissional ainda usou um programa de edição de fotos para remover parte do cabelo digitalmente. A Polícia Civil está investigando o caso.

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De acordo com Sara, a segunda via do documento foi emitida em Itaúna com a foto que ela mesma tirou em casa e que foi recusada pelo fotógrafo de uma empresa em Divinópolis. O profissional havia informado a ela que a imagem não se enquadrava nas normas exigidas pela Unidade de Atendimento ao Trabalhador (UAI).

Sara registrou um boletim de ocorrência sobre o caso e foi ouvida pelo delegado Leonardo Pio, que foi quem agendou para que ela conseguisse emitir a segunda via do documento dela e da filha, na UAI em Itaúna.

“Fiquei muito feliz, para muitos parece uma coisa boba, mas me reconhecer na foto é muito importante pra mim, até chorei de emoção”, contou Sara ao G1.

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