07/07/2020 - 10:03
Líderes do PCC (Primeiro Comando da Capital), que estavam presos na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, tinham acesso à séries exibidas pela Netflix, como “La Casa de Papel” e “Narcos”. Os integrantes da maior facção criminosa do país também conseguiam burlar a segurança do presídio para ter acesso à contabilidade do crime e recados dos parceiros nas ruas.
De acordo com o colunista Josmar Jozino, do Uol, os presos pagavam entre R$ 500 a R$ 1.500 para as “pontes”. Mulheres eram contratadas para introduzir na prisão microchips e cartões de memórias.
Os presos passaram a assistir séries e filmes da Netflix após a troca dos televisores a partir de 2017. Os novos aparelhos, mais modernos e digitais, foram comprados pelos familiares dos presos.
No entanto, as “regalias” do número 2 do PCC e de outros integrantes da facção terminaram em fevereiro de 2019. Eles foram transferidos para presídios federais, onde não há acesso a rádio, televisão, jornais e revistas.
Ainda de acordo com o Uol, apesar da saída de integrantes do PCC, os presos da P2 de Venceslau ainda driblam a segurança. Recentemente, os presidiário tiveram acesso ao filme “O Poço”, também da Netflix, que foi lançado no Brasil em março deste ano.
Em nota ao Uol, a Secretaria da Administração Penitenciária afirmou que não reconhece a prática da utilização de cartões para os fins descritos. A SAP informou ainda que nos últimos seis meses não houve apreensão de nenhum dos itens citados pela reportagem do Uol na P2 de Venceslau.