06/11/2024 - 9:29
Quem sofre com a tensão pré-menstrual sabe quão intensos são esses poucos dias do mês – e o quanto desejamos que eles acabem logo. Imagine, então, o caso de uma mulher que decidiu remover o útero aos 40 anos para se curar dos sintomas da TPM após ter crises extremas.
Os sintomas de Natalie Raeside, da Inglaterra, eram tão fortes que ela quase perdeu seu emprego após um ataque de raiva dentro do escritório. “A falta de controle que eu tinha sobre o meu corpo era esmagadora”, relatou ela ao Daily Mail Online.
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Foi então que ela optou por fazer uma histerectomia (remoção do útero) completa. “Pela primeira vez na minha vida, sinto que tenho controle sobre o meu corpo porque esses ovários e hormônios se foram”, contou a mulher, que já é mãe de duas filhas. “Foi a maior sensação de alívio. Eu não via a hora de fazer a operação.”
Diagnóstico errado
Durante seu período pré-menstrual, eram comuns os dias em que Natalie precisava ir ao banheiro do trabalho para chorar. Diante destes sintomas, alguns médicos a disgnosticaram com depressão, prescrevendo antidepressivos para o tratamento. Contudo, ela sabia que esse não era seu problema.
“Eu estava indo direto à minha médica, sempre às lágrimas. Ela foi muito paciente, ela tem sido excelente comigo”, relembra. “Mas houveram três ocasiões em que tive que ligar para ela pois estava em desespero, chorando ao telefone.”
Nesta ocasião, os médicos apenas sugeriam à Natalie sessões de aconselhamento e aumentar as doses de antidepressivos. “Eles faziam isso apenas para ver se fazia diferença. Mas nunca aconteceu.”
Depois de fazer algumas pesquisas na internet, a inglesa descobriu que seu humor poderia ser devido ao transtorno disfórico pré-menstrual, uma forma extrema de síndrome pré-menstrual.
Com essa informação, ela pediu para ser encaminhada para uma clínica especializada e, em poucas semanas, teve seu útero removido.
O que é o transtorno disfórico pré-menstrual
De acordo com o Daily Mail Online, a condição atinge cerca de uma em cada 20 mulheres no Reino Unido. Este transtorno faz com que as mulheres sofram de ansiedade, depressão grave e tensão antes do período menstrual.
Alguns sintomas são físicos, incluindo cansaço extremo, inchaço, suores noturnos, afrontamentos e incapacidade de dormir.
Embora seja prevalente, muitos são erroneamente diagnosticados como portadores de doenças como transtorno bipolar, depressão pós-parto e ansiedade severa. “Faz você se sentir como se fosse duas pessoas. É realmente ruim assim”, explicou a mulher.
Hoje, Natalie usa um blog pessoal para contar suas experiências e toda a mudança que a cirurgia lhe proporcionou.