ISTAMBUL, 25 MAR (ANSA) – A Procuradoria Geral de Istambul pediu a condenação à prisão perpétua para 18 dos 20 acusados do assassinato do jornalista Jamal Khashoggi, ocorrido no consulado saudita em Istambul no dia 2 de outubro de 2018.
Segundo a acusação, os envolvidos “mataram Jamal Khashoggi de maneira premeditada, fazendo uso de métodos bárbaros”. Entre os 18, está o chefe da unidade forense, Salah Mohammed al-Tubaigy, que teria sido o responsável por dividir o corpo do jornalista em pedaços e sumir com eles. Os restos mortais do jornalista nunca foram encontrados.
Para outros dois acusados, o ex-assessor do príncipe Mohammed bin Salman, Saud al-Qatani, e o ex-vice-chefe da Inteligência saudita Ahmed al-Assiri, foram pedidas penas menores por terem “deliberadamente e cruelmente, instigado um homicídio de primeiro grau”. Nenhum dos acusados, no entanto, está na Turquia, o que poderia fazer com que o processo não seja levado adiante.
Em dezembro do ano passado, oito acusados de participarem do crime foram condenados a 24 anos de prisão na Arábia Saudita.
Khashoggi, um ferrenho crítico do governo do país, foi morto em outubro dentro da representação diplomática. A princípio, o regime saudita chegou a negar envolvimento no assassinato, mas depois reconheceu que ele foi morto e desmembrado dentro do consulado. (ANSA)