Na volta da seleção brasileira de masters, que serviu de mote para a celebração dos 25 anos da conquista da Copa do Mundo de 1994, a equipe brasileira acabou derrotada por 1 a 0 para a Itália, na noite desta quinta-feira, em Fortaleza. Entretanto, os ex-atletas brasileiros demonstraram satisfação pelo fato de terem conseguido reunir uma quantidade expressiva de veteranos no evento, além do sucesso de público registrado.
Foram nada menos que 18 jogadores, 15 destes consagrados nos Estados Unidos, o que fez com que Romário, que teve sua presença confirmada apenas de última hora, na zona mista, demonstrasse larga satisfação diante do reencontro com ex-companheiros.
“Me sinto muito feliz, grato e até emocionado por estar participando desta festa junto com esses caras que abriram uma porta, um novo caminho para o futebol brasileiro, pois estávamos havia muitos anos sem ganhar e demos essa alegria ao nosso povo. É o título mais importante para essa geração e a gente tem, sim, que continuar comemorando essa conquista”, comentou o hoje senador da República.
Também titular durante todo aquele Mundial, Zinho seguiu a linha positiva do ex-companheiro. “É um projeto legal da CBF, de reconhecer o que atletas fizeram pela história da seleção. Ao todo, somos 94 campeões, e é muito importante fazer parte disso. Os de 2002 também têm que ser homenageados, assim como os de 1958, 62 e 70.”
O ex-lateral Jorginho, por sua vez, mostrou-se satisfeito por ter jogado a partida inteira, algo que não foi possível na finalíssima do Estádio Rose Bowl, há mais de 25 anos. “Naquele dia, me machuquei e tive de sair com 20 minutos de jogo, quando o Cafu entrou no meu lugar. Foi um sentimento muito ruim que ficou guardado e hoje pude jogar o tempo inteiro”, ressaltou, antes de parabenizar os adversários. “Não era fácil eles virem aqui, pois o sentimento deles era difícil em relação aquela derrota de 94. E estamos à disposição deles para retribuir, caso queiram que joguemos lá na Itália também.”
O único ex-atleta que não demonstrou contentamento após o jogo foi Viola. O camisa 21, que entrou no decorrer da partida no lugar de Zinho – exatamente como em 1994 -, chegou a fazer um gol, que, de acordo com ele, foi mal anulado pela arbitragem. “Imagine a decepção, estádio lotado, linda festa. A gente faz um gol legítimo, tanto que nenhum jogador da Itália reclamou, e elas anulam nosso gol. Eu, particularmente, estou frustrado”, disparou o ex-jogador de Corinthians, Palmeiras, Vasco e Santos.