TEERÃ, 09 JAN (ANSA) – Os investigadores destacados pela Ucrânia para apurar os motivos da queda de um avião com 176 pessoas nos arredores de Teerã, capital do Irã, trabalham com diversas hipóteses, incluindo a possibilidade de um míssil ter causado a tragédia.
A aeronave, um Boeing 737, pertencia à Ukraine International Airlines (UAI) e caiu na madrugada de quarta-feira (8), no momento em que o Irã disparava mísseis contra duas bases no Iraque usada por militares dos Estados Unidos.
“Neste momento, trabalhamos em sete diferentes hipóteses para o evento ocorrido no Irã”, disse o secretário do Conselho Nacional de Segurança e Defesa da Ucrânia (RNBO), Oleksiy Danilov, à agência AFP.
Os investigadores não descartam que o avião tenha sido derrubado por um míssil terra-ar, por um ataque terrorista ou até por uma falha de motor. “Não há uma hipótese prioritária”, acrescentou Danilov. Ele, no entanto, ressaltou que ainda não há razões para acreditar que a aeronave tenha sido atingida por um míssil.
Especialistas ucranianos já estão em Teerã para ajudar na investigação. A maior parte das vítimas eram iranianas (82 passageiros) ou canadenses (63), mas o acidente também matou 11 cidadãos da Ucrânia: nove tripulantes e dois passageiros.
Segundo informações preliminares dos investigadores iranianos, o avião tentava voltar ao aeroporto de Teerã, de onde havia decolado segundos antes, e se incendiou ainda no ar.
“Testemunhas oculares viram as chamas envolverem a aeronave”, diz um relatório. O Irã já anunciou que não entregará as caixas-pretas do avião à Boeing, que é uma empresa americana. (ANSA)