03/06/2015 - 20:20
Porta-vozes do Banco Central têm reforçado que estão vigilantes no combate à inflação e prometem entregar o IPCA na meta de 4,5% no fim de 2016. A autoridade monetária não faz mais menções sobre este ano a não ser a de que pretende circunscrever os efeitos secundários da alta da inflação recente a 2015. Essa elevação tem nome: realinhamento de preços relativos. Está relacionada tanto ao reajuste dos preços administrados quanto ao ajuste dos preços domésticos aos internacionais.
Nas quatro reuniões deste ano – de janeiro, março, abril e junho – o comunicado foi o mesmo: "avaliando o cenário macroeconômico e as perspectivas para a inflação, o Copom decidiu, por unanimidade, elevar a taxa Selic em 0,50 pp, para (…), sem viés."
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA acumula 8,17% nos 12 meses terminados em abril. De acordo com o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo Banco Central, o IPCA encerrará 2015 em 8,39%. Este ano, a inflação está sendo pressionada pelos aumentos de preços administrados como energia e combustíveis.