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O Comitê de Política Monetária do Banco Central elevou nesta quarta-feira (3), pela sexta vez consecutiva, a taxa básica de juros (Selic). A subida foi de 0,5 ponto percentual, de 13,25% para 13,75% ao ano. Trata-se da maior taxa desde dezembro de 2008, quando a Selic atingiu o mesmo valor.
 
A Selic serve de referência para as demais taxas de juros. O Banco Central tem nela um dos instrumentos para manter a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), dentro da meta estabelecida pela equipe econômica.
 
Embora a taxa básica ajude no controle dos preços, sua elevação também pode prejudicar o reaquecimento da economia, pois o crédito fica mais caro.

Porta-vozes do Banco Central têm reforçado que estão vigilantes no combate à inflação e prometem entregar o IPCA na meta de 4,5% no fim de 2016. A autoridade monetária não faz mais menções sobre este ano a não ser a de que pretende circunscrever os efeitos secundários da alta da inflação recente a 2015. Essa elevação tem nome: realinhamento de preços relativos. Está relacionada tanto ao reajuste dos preços administrados quanto ao ajuste dos preços domésticos aos internacionais.

Nas quatro reuniões deste ano – de janeiro, março, abril e junho – o comunicado foi o mesmo: "avaliando o cenário macroeconômico e as perspectivas para a inflação, o Copom decidiu, por unanimidade, elevar a taxa Selic em 0,50 pp, para (…), sem viés."

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA acumula 8,17% nos 12 meses terminados em abril. De acordo com o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo Banco Central, o IPCA encerrará 2015 em 8,39%. Este ano, a inflação está sendo pressionada pelos aumentos de preços administrados como energia e combustíveis.