Não deu nem tempo de curtir a aposentadoria. Um mês depois de vencer pela sétima vez o Tour de France, a última competição de sua carreira como ciclista profissional, o americano Lance Armstrong foi novamente acusado de ter se dopado. O livro LA Confidential, dos jornalistas David Walsh e Pierre Ballester, lançado no ano passado, já havia levantado essa suspeita. Desta vez, foi a manchete do jornal francês L’Équipe: “A mentira Armstrong” (recorte acima). Segundo o diário, seis amostras de sangue do ciclista, coletadas durante o Tour de 1999, deram positivo para a substância EPO (eritropoietina), hormônio que estimula a produção de glóbulos vermelhos e aumenta a oxigenação do sangue. Em sua defesa, Armstrong alegou que, contra as seis provas, há sete anos de sucessivos testes negativos. E que não é possível fazer as contraprovas de praxe, uma vez que as primeiras amostras foram usadas em 1999. “Posso garantir que, quando essas amostras foram coletadas, não havia EPO nelas”, disse o ciclista em entrevista na quarta-feira 24. Os americanos, que deram voz a Armstrong, aventaram a possibilidade de se tratar de um ressentimento dos franceses por ele ter dominado a prova mais tradicional do ciclismo mundial, realizada na França.