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Assista ao clipe da recém-lançada música "Shame"
 

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AMIGOS
Williams e Barlow fizeram as pazes e decidiram
reeditar o grupo Take That (abaixo) com alusões gays

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A banda Take That foi criada para ser uma versão britânica do fenômeno pop americano New Kids on the Block. Aperfeiçoou a fórmula, mas sucumbiu no auge do sucesso por causa da disputa de egos: os cantores Robbie Williams e Gary Barlow queriam provar a cada show que um era melhor que o outro e quem saía no prejuízo era o público. Agora, quando a boy band que os lançou estaria completando 20 anos, os dois resolveram fazer as pazes – e anunciaram o retorno do Take That uma década e meia após a glória e a queda. Williams e Barlow não são os únicos a ressuscitar bandas extintas, sobretudo porque nesses tempos de pirataria e crise na indústria fonográfica os músicos ganham dinheiro mesmo é com shows – é por isso que há tantas bandas voltando à estrada, como o quarteto grunge Soundgarden ou o dinossauro do rock The Faces, conjunto inglês que lançou Rod Stewart nos anos 1970. Stewart não quis lembrar o passado e em seu lugar entrou o cantor Mick Hucknall, que vai “dar um tempo” no Simply Red. No caso da atual formação do Guns N’ Roses, somente o vocalista Axl Rose é remanescente do time original. Agora, esse fenômeno desembarca no Brasil: no mês que vem a banda Los Hermanos volta a se reunir para uma turnê pelo Nordeste e matar a nostalgia dos órfãos de seu som.

Para a maioria dos fãs, esse movimento “arqueológico” das bandas tem até um efeito emocional que ajuda a revitalizar sonhos perdidos no tempo – hoje inexequíveis, mas nem por isso fora da perspectiva de que recordar é viver. Os músicos, por sua vez mais pragmáticos, perceberam que superar velhas rusgas surte bom resultado de marketing. Assim as disputas sumiram na poeira da estrada e prova maior é o recém-lançamento da música “Shame”, que reuniu Williams e Barlow e fatura em cima dos ressentimentos antigos. Diz a letra: “Bem, há três versões para a história, a minha, a sua e a verdadeira.” O clipe da canção faz alusão, inclusive, à tensão entre os dois vaqueiros gays do filme “O Segredo de Brokeback Mountain” – eles tentam se evitar, mas, no fundo, se amam. Apelação pura: a homossexualidade não é o caso de Barlow e Williams, que são héteros na vida real. Os integrantes do Los Hermanos foram mais simples e jogam no marketing da “saudade”. “Estamos felizes com essa chance de nos divertirmos como nos velhos tempos”, diz o tecladista Bruno Medina. O público compartilha desse sentimento: os ingressos para as três apresentações se esgotaram em questão de horas.

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