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"Não faço campanha quando o assunto é solidariedade,
mas preciso saber quem está precisando de ajuda"

Lú Alckmin, ex-primeira-dama de São Paulo

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Às 7 horas da quinta-feira 19, um carro adesivado e carregado com panfletos e santinhos do PSDB aguardava em frente à casa do candidato do partido ao governo de São Paulo, Geraldo Alckmin, no Morumbi. Mas não era Alckmin o esperado por motorista e assessoras para mais um dia de campanha. Era Maria Lúcia Ribeiro Alckmin, ou simplesmente Dona Lú, como prefere ser chamada a esposa e maior cabo eleitoral do candidato. Ela saiu de casa em um alinhado vestido rosa-shocking, se equilibrando em um salto agulha de dez centímetros e retocando a maquiagem para mais um dia de encontros políticos e panfletagem. A campanha eleitoral virou a rotina de Lú, pelo menos cinco dias por semana, desde que Alckmin declarou que seria o candidato tucano ao Palácio dos Bandeirantes. A estratégia garante a Alckmin uma vantagem que muitos gostariam de ter: o de poder angariar votos em dois lugares ao mesmo tempo. No dia 19, enquanto ele participava da sabatina do jornal “O Estado de S. Paulo”, ela garantia que seu nome fosse lembrado em Araçatuba e Castilho, duas cidades do Noroeste paulista a cerca de 650 quilômetros da capital.

A favor de Geraldo Alckmin ainda conta o carisma de Lú, que se contrapõe à conhecida timidez do marido. Em cada cidade onde chega, Lú é recebida como se fosse, ela própria, candidata a algum cargo eletivo. Em Araçatuba, mais de 50 pessoas a aguardavam no aeroporto, entre políticos locais, moradores e imprensa. Já em Castilho, eram cerca de 200 deles no comício realizado pelo PSDB na região.

O primeiro compromisso da agenda, no entanto, não era “eleitoreiro”, como viria a frisar Lú. Ela visitou o Hospital Neurológico Ritinha Prates, mas garante que, ali, não queria angariar votos. Conhecida por sua atuação filantrópica, ela diz que não faz campanha quando o assunto é solidariedade. “Faço essas visitas porque gosto e, se o Geraldo voltar a ser governador, quero saber quem precisa de ajuda”, explica, pouco depois de posar para fotógrafos na entrada do Ritinha Prates. Mas assim que deixa o hospital a campanha começa. Com adesivos do marido na roupa e folhetos em mãos, Lu caminha no calçadão da cidade parando pedestres com a frase: “Olá, sou mulher do Geraldo Alckmin. Posso deixar um folheto dele com você?” A frase é repetida à exaustão. Após horas de caminhada – sem descer do salto –, fotografias, abraços, panfletagem e “lanchinhos” em cada parada, Lú retornou a São Paulo trocando receitas de cozinha no avião com suas assessoras. Afinal, campanha de candidata a primeira-dama é feita com solidariedade e alguma amenidade.

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